o Deus da palavra
é um Deus silencioso
cavalga páginas em branco
lacera estruturas neuronais
se entranha na trama celulósica do papel
como um vírus sub-atômico
(da asa ao nada, língua à vida
anima a coisa inanimada)
no sal da sua saliva
pulsa aceso o caos de um céu imaginário
onde nasce a flor axial do sentido
o Deus da palavra
leva o poeta carinhosamente pela mão
até a beira do abismo
alexandre brito
do livro O fundo do ar e outros poemas / Ameopoema Editora
www.ameopoema.com.br
do livro O fundo do ar e outros poemas / Ameopoema Editora
www.ameopoema.com.br
E que o Deus da palavra leve mais e mais poetas como tu, carinhosamente, à beira do abismo.
ResponderExcluirAfinal, que seria do espaco da asa ao nada, da língua à vida, se a poesia não animasse a coisa inanimada?
Adoro isso tudo.
Ana Lúcia.
“pulsa aceso o caos de um céu imaginário”
ResponderExcluirbelo poema..pulsam os sentidos!
parabéns ao poeta!
Parabéns Alexandre, apesar de não ser uma poetiza estou admirada com o dom de vcs, obrigada por compartilhar conosco essas sábias palavras.
ResponderExcluirCara, posso te colocar na lista dos meus poetas preferidos?
ResponderExcluirLindo demais!
Sempre genial Ale! Vivavocê! Ah..teu template é igual ao meu rs, menino de bom gosto!f
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