poesia brasileira contemporanea - contemporary Brazilian poetry
Zé Pelintra do Catimbó
o mal-ajambrado pretende fazer boa figura
presunçoso nos modos e no vestir
não sente constrangimento algum de seus atos sensuráveis
dá um trato legal no visú
e sai por aí esbanjando malandrage
idade não desmerece
preto quase preto retinto
terno branco de bric
camisa de cetim vermelho, chapéu
branco também, usadinho em bom estado
de bric também
e já vai ele de bengala,
corrente dourada, anéis nos dedos
elegância manemolente
lhe cairia bem um dente de ouro no sorriso
mas não tem pro gasto
vai baixar lá no catimbó da Mãe serena
antiga na religião
renega Umbanda, Candomblé, Batuque
Catimbó é tradição
Mãe preta gosta de batidinha de coco
pinga com butiá, ou purinha mesmo
Mãe serena é Zé Pelintra
tem festa no Congá.
o mal-ajambrado pretende fazer boa figura
presunçoso nos modos e no vestir
não sente constrangimento algum de seus atos sensuráveis
dá um trato legal no visú
e sai por aí esbanjando malandrage
idade não desmerece
preto quase preto retinto
terno branco de bric
camisa de cetim vermelho, chapéu
branco também, usadinho em bom estado
de bric também
e já vai ele de bengala,
corrente dourada, anéis nos dedos
elegância manemolente
lhe cairia bem um dente de ouro no sorriso
mas não tem pro gasto
vai baixar lá no catimbó da Mãe serena
antiga na religião
renega Umbanda, Candomblé, Batuque
Catimbó é tradição
Mãe preta gosta de batidinha de coco
pinga com butiá, ou purinha mesmo
Mãe serena é Zé Pelintra
tem festa no Congá.
alexandre brito
do inédito Cine ABC
do inédito Cine ABC
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