repostando o poema "Uma vela à Nossa Senhora da Boa Morte"
UMA VELA À NOSSA SENHORA DA BOA MORTEa liberdade bastarda se infiltra onde
o céu encontra a terra
denuncia intensa atividade literária
essa idéia no papel derramada assim feito gelatina
nem parece uma idéia parece mais um
estorvo feito de cimento e osso
o sol miúdo sem bolor entesourado e mudo
desonera de rapapés e obrigações um aglomerado de
letras na biblioteca universal dos manuscritos
toda tradição se renova pela libertinagem
a boa nova vem pelo esquecimento intencional das regras
um livro que não descenda de nenhum outro é uma indecência
de sorte que o pecado original da invenção
mais que matar o padre e ir ao cinema
é declarar-se órfã pretender-se sem pai sem par
numa semana ensolarada de 22
um bebê de proveta aproveita a tarde à beira mar
no calçadão desenhado por Niemeyer
alexandre brito
do inédito Cine ABC
oi Pessoal.
ResponderExcluiraqui é o Alexandre. perdi minha conta google para este blog e por essa razão não consigo mais atualizá-lo. agora tenho um site com blog e tudo o mais. pintem lá no www.alexandrebrito.net.br
abraço pra todos.
Alexandre Brito