dezoito horas e quarenta minutos
de uma tarde infernal de verão
assombrada
minha sombra enlouquece
estica-se à deformidade
alcança a fachada das casas distantes
agarra o horizonte
esforço inútil
a penumbra não tarda
a noite engolirá a ambos
seremos uma só escuridão
.
alexandre brito
do inédito Cine ABC
Simplesmente perfeito este poema.
ResponderExcluirPartindo de uma cena de tórrido final de tarde, tu extrais questionamentos existencias, numa viagem pelos interiores do poeta.
Afinal, a grande escuridão nos espera a todos, sendo que alguns acreditam que, depois, haverá um túnel de luz...
Abraço.
Ricardo Mainieri
verso maduro...
ResponderExcluirconseguiste encontrar as palavras e as cores certas para pintar o espaço/tempo...