13/06/2009

poesia brasileira contemporanea - contemporary Brazilian poetry

capa: gravura de Marcius de Andrade

.
fenece a tarde cinza
como o sopro da chaminé
em frente a casa
o cedro envelhece

enquanto faço versos
em minhas mãos dançam rugas
que ao contorno da escrita obedecem
aduncas
contemplo o balé
que tantas tardes
se encarregam de compor
à pele em flor


no entanto faço versos
como os galhos encanecidos
das árvores que serenamente
seguem o vento
.

Juliana Meira
é poeta e tem nos livros de direito uma companhia que beira a estranheza. mas tudo é estranho no caminho de um poeta. quando li seus primeiros poemas vi que havia encontrado uma poeta. agora estréia em livro com seu "poema dilema", editado pela jovem e alvissareira editora Porto Poesia (portopoesia2@gmail.com). Juliana também escreve no
tempoema (www.juliana-meira.blogspot.com).




capa: gravura de Paulo Chimendes

Benção


O tempo tatua marcas
suaves na minha pele
como se escrevesse um poema
como se minhas cicatrizes
pudessem salvar a minha alma.


Mara Faturi tem muitos ocos dentro dela. também alguns abismos e porteiras fechadas. atrás dos seus olhos há uma vertente que de vez em quando se inunda de si mesma. então se lança em vôos de poeta num silêncio de azul profundo. essa é a Mara. essa é a poeta. acaba de lançar "andanças" pela editora Porto Poesia (portopoesia2@gmail.com).

4 comentários:

  1. Não conhecia Juliana. Gracias por apresentar-me, Alexandre. Mara é amiga "das antigas", de outros carnavais... digo, PortoPoesia. abs

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  2. Alexandre,
    muitobrigada por grafar esse poema aqui.
    alegria alegria participar pela segunda vez de tua página, inda por cima na companhia da poeta Mara!!
    gosto do que disse sobre os livros de direito. c'est la vie.

    (=

    grande beijo

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  3. DIO MIO;0)
    O Lau?? A ju? comentando sobre minha pessoa?? que honra e alegria!!!
    Alexandre, obrigadíssima pelo gesto "impresso"!
    Vc é um encanto moço gateiro!
    grande abraço!

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  4. e assim, para o mundo da poesia,
    abrem-se dois livros, duas portas.
    resta, ao curioso leitor, entrar
    e caminhar pelo fio sereno
    dos versos.
    abraço

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