10/09/2009





sobre o aparador
um recorte de jornal
trinta reais, com local


Túlio Henrique Pereira

Túlio Henrique Pereira nasceu em Itumbiara-GO. é formado em História pela Universidade Estadual de Goiás [UEG]. reside atualmente na Bahia. publicou O observador do mundo finito, entre outros.

07/09/2009


conheça o blog da gata clicando aqui

Dica de blog:
A Gata por um Fio - A melhor literatura

a gata” já está há uns cinco anos na rede e atende pelo nome de Sandra Santos. neste tempo conquistou um espaço super bacana no web-mundo. a blogueira é artista plástica, poeta e outras cositas mais, razão pela qual literatura e artes visuais são assuntos permanentemente tratados. tecnologia é outra área de interesse da gata que também tem um apreço especial por viagens, drinks, lendas, etc etc e etc. sua curiosidade não tem limites. o gosto pela pintura, particularmente a pintura Naif, transformou o blog num espaço permanente de divulgação. ela está atualmente catalogando pintores Naifs do Brasil todo. “A Gata”chama atenção pela qualidade dos posts que, invariavelmente, ocultam dedicação extrema e pesquisa extensa. essa seriedade atraiu a atenção de craques no assunto como por exemplo o Bobs, site alemão que seleciona os melhores blogs do mundo, que destacou/indicou "A Gata por um Fio" como um dos melhores em conteúdo de língua portuguesa. uma seção prestigiadíssima era a "Domingo eu Conto", que a cada semana selecionava para degustação um trecho de um conto de algum autor conhecido, propondo uma espécie de degustação às escuras. os leitores deveriam adivinhar, pelas características de estilo e linguagem, de qual escritor(a) pertencia aquele texto. no "domingo" seguinte o enigma era desvelado, o conto publicado na íntegra, revelando o seu autor, quando então uma nova xarada se repetia. ao que parece, tudo indica que esta brincadeira deve voltar ao blog em breve.

bom minha gente, fica aqui de bandeja essa fina e afiada sugestão aos leitores frequentes e de passagem. abaixo, links para alguns posts imperdíveis da gata. clicaí:

Contos:
O homem na multidão - Edgar Allan Poe
para ler clique aqui

Em terra de cego - H.G. Wells
para ler clique aqui

Lendas:
E-book - Salamanca do Jarau - Simões Lopes Neto
para ler clique aqui

Poemas:
Cão sem plumas - Cabral de Melo Neto
Leda e o Cisne - William Butler Yeats
O Duro Cerne da Beleza - William Carlos Williams
A Pantera - Rainer Maria Rilke
para ler clique aqui

Arte é Viagem - Cidades históricas de Minas Gerais
para ler clique aqui

Cultura Etílica - Drinks Curiosos
para ler clique aqui

04/09/2009


download mp3 Bob Marley Hits baixe grátis aqui
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Aqui estão duas raridades do Bob Marley. Duas pérolas de sua primeira fase musical: cabelo curto, sapatinho preto, terno e gravata. Gravações feitas antes de vir a ser o "King" dos "Rasta" que se tornou. Uma fase "pré-Bob Marley", desconhecida do grande público. Nada a ver com a imagem que temos hoje deste músico genial. Vale conferir, e baixar.

03/09/2009

download mp3 Expresso 2222 Gilberto Gil baixe grátis aqui

Expresso 2222 - Gilberto Gil - 1972


"Expresso 2222", primeiro lançamento pós-exílio de Gilberto Gil, mostra ele em altíssima forma, o gênio retornou pra terra natal mais genial do que nunca. O álbum deixa bem claro a visceralidade contida num Gil que matava a saudade de seu berço, mas que também soube fazer uso de forma magistral do exílio trazendo uma bagagem que serviria como 'divisora de águas' dentro de sua carreira. Todas as transformações passadas pelo baiano resultaram num material denso e consistente, com uma pegada rock'n'roll, porém, incrustrado de brasilidade de "cabo a rabo". Um trabalho que revela pro mundo um Gil agora dono de uma maturidade musical que aumentava a cada dia.

Gil escolheu como tema de abertura do álbum a música "Pipoca Moderna", de Sebastião Biano, música que em 1975 ganharia letra de Caetano Veloso, essa gravação acabou sendo a estréia em disco de um dos grupos mais tradicionais do nordeste, a Banda De Pífanos De Caruaru.

No livro 'Verdade Tropical' ainda há comentários que dizem que o encontro com a banda de pífanos fez Gilberto Gil compreender a música popular como um meio de cultura de massa e o nacionalismo das canções de protesto como algo sem sentido e ultrapassado. A viagem a Pernambuco teria fornecido ao compositor baiano os dois limites entre os quais, do seu ponto de vista, deveria se referenciar a Música Popular Brasileira: a Banda de Pífanos de Caruaru e os Beatles.

veja os vídeos:
http://www.youtube.com/watch?gl=BR&v=Ja7yBF5WzOk
http://www.youtube.com/watch?v=msknQAdP0DI&feature=related
fonte:
Marcel Cruz, Sacudinbenblog

02/09/2009


Paulo Leminski

Dia 24 de agosto Paulo Leminski estaria fazendo 65 anos. Dos poetas da sua geração, Paulo Leminski Filho foi aquele que com maior radicalidade integrou a artesania da palavra com a espontaneidade da criação. Sem pudores de rimar humor e dor, seus textos podem ser lidos em múltiplos registros, do culto ao popular, sem perder seu poder de comunicabilidade. Estudioso de línguas e pesquisador da linguagem, sua obra está mais próxima a da "poesia de invenção", e na prosa, ao "experimentalismo", tendo em seu "Catatau" e em "Agora é que são elas", dois momentos altos desta prosa chamada por ele mesmo de "porosa". Mestiço de pai polonês com mãe negra, é dono de uma extensa e relevante obra. Desde cedo, Leminski inventou um jeito próprio de escrever poesia, trabalhando poemas breves, trocadilhos, brincando com ditados populares. Foi um importante divulgador do haicai no Brasil, gênero da poesia japonesa que praticava com maestria. Aos catorze anos, foi para o Mosteiro de São Bento em São Paulo, onde estudou grego e latin. Participou do I Congresso Brasileiro de Poesia de Vanguarda onde conheceu Haroldo de Campos, amigo e parceiro em várias obras. Estreou em 1964 com cinco poemas na revista Invenção, dirigida por Décio Pignatari, porta-voz da poesia concreta paulista. Teve ao seu lado por vinte anos a poeta Alice Ruiz, com quem teve três filhos. Juntos influenciaram decisivamente não apenas a cena da poesia da sua época mas toda uma geração. A música foi uma de suas paixões, proporcionando uma discografia rica e variada. Verdura, de 1981, foi gravada por Caetano Veloso no disco Outras Palavras. Por sua formação intelectual, Leminski é visto por muitos como um poeta de vanguarda, todavia por ter aderido à contracultura e ter publicado em revistas alternativas, muitos o aproximam da geração da poesia marginal. Em 1975 lançou o seu ousado Catatau, que denominou "prosa experimental". Além de poeta e prosista, Leminski foi também tradutor. Sua personalidade inquieta, intensa e carismática, seu pensamento arrojado e inventivo, transformou-o em referência no cenário da cultura brasileira. Conviveu com poetas, músicos e intelectuais de sua época como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Régis Bonvicino, Moraes Moreira, Itamar Assumpção, José Miguel Wisnik, Arnaldo Antunes, Wally Salomão, Jorge Mautner, Antônio Cícero, Antonio Risério, Julio Plaza, Reinaldo Jardim, Fred Maia, Regina Silveira, Helena Kolody, Turiba, Ivo Rodrigues. Foi tradutor de Alfred Jarry, James Joyce, John Fante, John Lennon, Samuel Beckett e Yukio Mishima. Entre 1987 e 1989 foi colunista do Jornal de Vanguarda que era apresentado por Doris Giesse na Rede Bandeirantes. Foi um estudioso da língua e cultura japonesas e publicou em 1983 a biografia de Matsuo Bashô. Leminski também era faixa-preta de judô. Sua obra literária tem exercido marcante influência em todos os movimentos poéticos dos últimos 30 anos.


um deus também é o vento
só se vê nos seus efeitos
árvores em pânico
bandeiras
água trêmula
navios a zarpar

me ensina
a sofrer sem ser visto
a gozar em silêncio
o meu próprio passar
nunca duas vezes
no mesmo lugar

a este deus
que levanta a poeira dos caminhos
os levando a voar
consagro este suspiro

nele cresça
até virar vendaval

Paulo Leminski
do livro Caprichos e Relaxos / Brasiliense


SEM BUDISMO

Poema que é bom

acaba zero a zero.
Acaba com.
Não como eu quero.
Começa sem.
Com, digamos, certo verso,
veneno de letra,
bolero. Ou menos.
Tira daqui, bota dali,
um lugar, não caminho.
Prossegue de si.
Seguro morreu de velho,
e sozinho.


Paulo Leminski
do livro Distraidos Venceremos / Brasiliense
______________________________

Obra poética

Quarenta clics de Curitiba. Poesia e fotografia, com o fotógrafo Jack Pires.
Curitiba, Etecetera. 1976. (2ª edição Secretaria de Estado Cultura, Curitiba, 1990.) n.p.
Polonaises. Curitiba, Ed. do Autor, 1980. n.p.
Não fosse isso e era menos / não fosse tanto e era quase. Curitiba, Zap, 1980. n.p.
Tripas. Curitiba, Ed. do Autor, 1980.
Caprichos e relaxos. São Paulo, Brasiliense, 1983. 154p.
Hai Tropikais. Ouro Preto, Fundo Cultural de Ouro Preto, 1985. n.p.
Um milhão de coisas. São Paulo, Brasiliense, 1985. 6p.
Caprichos e relaxos. São Paulo, Círculo do Livro, 1987. 154p.
Distraídos venceremos. São Paulo, Brasiliense, 1987. 133p. (5ª edição 1995)
La vie en close. São Paulo, Brasiliense, 1991.
Winterverno (com desenhos de João Virmond). Fundação Cultural de Curitiba, Curitiba, 1994.
Szórakozott Gyozelmunk - Distraídos venceremos, tradução de Zoltán Egressy, Hungria, ed. Kráter, 1994. n.p.
O ex-estranho. Iluminuras, São Paulo, 1996.
Melhores poemas de Paulo Leminski. (seleção Fréd Góes) Global, São Paulo, 1996.
Aviso aos náufragos. Coletânea organizada e traduzida por Rodolfo Mata. Coyoacán - México, Eldorado Ediciones, 1997. n.p.

Obra em prosa

Catatau (prosa experimental). Curitiba, Ed. do Autor, 1975. 213p.
Agora é que são elas (romance). São Paulo, Brasiliense, 1984.1 63p.
Catatau. 2ª ed. Porto Alegre, Sulina, 1989. 230p.
Metaformose, uma viagem pelo imaginário grego (prosa poética/ensaio). Iluminuras, São Paulo, 1994.
Descartes com lentes (conto). Col. Buquinista, Fundação Cultural de Curitiba, Curitiba, 1995.
Agora é que são elas (romance). 2ª ed. Brasiliense / Fundação Cultural de Curitiba, 1999.

Literatura infanto-juvenil

Guerra dentro da gente. São Paulo, Scipione, 1986. 64p.
A lua foi ao cinema. São Paulo, Pau Brasil, 1989. n.p.

Biografias

Cruz e Souza. São Paulo, Brasiliense. 1985. 78p.
Matsuó Bashô. São Paulo, Brasiliense, 1983. 78p.
Jesus. São Paulo, Brasiliense, 1984, 119p.
Trotski: a paixão segundo a revolução. São Paulo, Brasiliense, 1986.
Vida (biografias: Cruz e Souza, Bashô, Jesus e Trótski). Sulina, Porto Alegre, 1990. (2ª edição 1998)ENSAIOS
POE, Edgar Allan. O corvo. São Paulo, Expressão, 1986. 80p. (apêndice)
Poesia paixão da linguagem. Conferência incluída em Sentidos da paixão. Rio de Janeiro, Companhia das Letras, 1987. p.287-305.
Nossa linguagem. In: Revista Leite Quente. Ensaio e direção. Curitiba, Fundação Cultural de Curitiba, v.1, n.1, mar.1989.
Anseios crípticos: peripécias de um investigador dos sentido no torvelinho das formas e das idéias. Curitiba, Criar, 1986. 143p.
Metaformose, uma viagem pelo imaginário grego (prosa poética/ensaio). Iluminuras, São Paulo, 1994.
Ensaios e anseios crípticos. Curitiba, Pólo Editorial, 1997. n.p.

Traduções

FANTE, John. Pergunte ao pó. São Paulo, Brasiliense, 1984.
FERLINGHETTI, Lawrence. Vida sem fim (com Nelson Ascher e outros tradutores). São Paulo, Brasiliense, 1984. n.p.
JARRY, Alfred. O supermacho; romance moderno. São Paulo, Brasiliense, 1985. 135p. lndição editorial, posfácio e tradução do francês.
JOYCE, James. Giacomo Joyce. São Paulo, Brasiliense, 1985. 94p. Edição bilingüe, tradução e posfácio.
LENNON, John. Um atrapalho no trabalho. São Paulo, Brasiliense, 1985.
MISHIMA, Yukio. Sol e aço. São Paulo, Brasiliense, 1985.
PETRONIO. Satyricon. São Paulo, Brasiliense, 1985.191 p. Traducão do latim.
BECKETT, Samuel. Malone Morre. São Paulo, Brasiliense, 1986.16Op. lndicação editorial, posfácio e traduções do francês e inglês.
Fogo e água na terra dos deuses. Poesia egípcia antiga. São Paulo, Expresão, 1987. n.p.

01/09/2009

Download mp3 Ogum Xangô Gilberto Gil e Jorge Bem Disco 1 baixar grátis aqui
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capa original do vinil duplo

capa do relançamento em CD

Ogum Xangô
Gilberto Gil Jorge Ben

Dois gênios da música brasileira se encontram em uma noite de 1975, reunidos para uma jam session com seus violões e vozes, somados a uma percussão e um baixo. Gilberto Gil e Jorge Ben assumem em Gil e Jorge a identificação musical existente entre ambos e que ganhou vida sob o título dos orixás Ogum e Xangô.

A dupla realizou uma verdadeira viagem musical lançada em vinil duplo e que teve de ser cortada devido à duração da gravação, que tem mais de 75 minutos. Tempo no qual se desbruçam Gil e Jorge em improvisos sensacionais como na música Taj Mahal, que se estende por pouco mais de 14 minutos.

Há quem diga que os dois responsáveis pela obra estavam sob efeito de alucinógenos, sendo assim ou não, ninguém pode negar que colocar Gil e Jorge em um estúdio e deixá-los produzir livremente por tempo indeterminado deu um belo fruto. Ogum Xangô é mágico do início ao fim e cada canção literalmente estrangulada pela dupla tem sua particularidade que no conjunto da obra formam este disco belo, espontâneo e logicamente... sensacional.

fonte:
ouro-de-tolo.blogspot.com
texto: Felipe "Globis"

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vigarista Jorge - partido do Kaos

Jorge Mautner

Um Caráter Para Macunaíma

Jorge Mautner
Jornal da Tarde, 13 de março de 1987 - 24/10/2002

Quando eu e Gil nos conhecemos em Londres, em 1972, ele disse para Caetano: ‘Jorge Mautner é o primeiro intelectual branco que respeita a cultura negra no mesmo nível’. Tenho uma arte diferente da dele, mas nos entendemos muito bem. Gil já gravou várias canções minhas, "O Relógio Quebrou", "Rouxinol", "Maracatu Atômico". Essa união de negro, mulato e branco só é percebida por uma minoria, como eu, descendente dos campos de concentração e Gil descendente de escravos – não existe problema que não assimilamos. Figa Brasil tem a ver com isto, como tem a ver com o Movimento do Kaos, que lancei em 1958. Vamos juntar tudo: Oswald de Andrade, a filosofia humanista, a poética e a filosofia da Democracia, baseada em primeiro lugar na liberdade. Antes até da negritude, antes até das lutas sociais, queremos a visão humanista. Cada ser humano é único e sagrado. Isso nos fez sempre inimigos dos dogmas e suspeitos aos dogmáticos.

Vejo tudo mergulhado numa grande superficialidade, nunca o ser humano foi tão manipulado. Nunca se manipulou tanto a idéia da vida humana, a política, a democracia: o idealismo está sendo submergido. Nossa intenção é reverter essa situação. Queremos criar clubes filosóficos onde as pessoas se reúnam, discutam, analisem. Não se vê mais intelectuais discutindo, mostrando. Até os artistas estão encastelados no tédio dos seus castelos. O ensino, depois do Acordo MEC-USAID, foi completamente barateado, não se discute mais no colégios, não existe mais curiosidade, criatividade, estímulo. Comecei a escrever meus livros em classe, no Dante Alighieri. Tudo era ensinado com vida, palpitação, paixão. Hoje isso foi amordaçado, cortaram as interligações, os fios condutores. O resultado é essa superficialidade, essa tristeza do pós-modernismo, esse desespero.

Figa Brasil é uma convocação para nos comunicarmos de novo. Que venham todos os de boa vontade. Só estão barrados os racistas e os belicistas, pois até os conservadores esclarecidos são bem-vindos. Falando sobre o povo brasileiro, Julian Marias disse que "a maior riqueza do povo é o próprio povo. Existe um sonho que não foi destruído em cada um, que resiste". O Gil sempre tocou isso para seu grande público, e eu para meus fiéis seguidores. Vamos sair dos pequenos feudos do Brasil, chegar ao Brasil grande. No Brasil, inteligente é quem tira vantagem, idealista virou sinônimo de bobo. Mas não estou desencantado. Acredito em modernizar o país, acredito em ler, escrever, estudar. Acredito na paixão de resgatar a história real, a história do sambista, do feirante, do Filho de Gandhi. Essa história tem sido cerceada pela direita e pela esquerda – que cerceou Gilberto Freyre, por exemplo. Essa universidade paralela proposta pelo Figa Brasil está além da esquerda e direita, sua matéria-prima é a preocupação humanista que resiste em todos os lugares, desde a favela.

Não somos o Messias que chega, apenas juntamos nossas forças. Queremos caminhar sobre a brasa, não sobre a chama. Essa é uma coisa para nós todos fazermos – ou ninguém. Sem lideranças ou prioridades hierárquicas. Vamos misturar tudo, cultura alemã, americana, artes marciais, da China, samba e afoxé, o jeitinho brasileiro, nossa intuição. Chegou a hora de Macunaíma começar a elaborar seu caráter. Queremos o lúdico responsável, a radical democracia. D. Pedro II planejou bem a libertação dos escravos com educação, mas aí os latifundiários aliados com os militares proclamaram a República e jogaram os negros na liberdade selvagem, tão terrível quanto o capitalismo selvagem. Figa Brasil é o desejo de uma alquimia que faça encontrar os que estão separados. Que faça sambar os que só escrevem, que faça escrever os que só têm sambado!

fonte:
www.jorgemautner.com.br